segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A dor que dói sem se saber porque.

Ontem vendo umas fotos de minha cidade postada no Facebook de minha prima, me veio uma lembrança tão clara de tudo o que eu sempre vivi em minha cidade e o quanto eu sinto falta dos lugares por onde andei e vivi por 38 anos. Chorei, embaixo do chuveiro para que ninguém me visse chorar do meu passado e de coisas que não voltarão e que não verei mais como era, pois já se passaram 12 anos e como tudo evolui sei e tenho certeza que minha cidade, a que eu tenho tantas lembranças maravilhosas, também evoluiu e modificou. Eu mudei, me modifiquei, portanto sei que tudo na vida muda e passa. Mas sabe quando você fecha os olhos e tudo vem em sua lembrança de uma forma tão real que chegamos até a tocar em pessoas, sentir o cheiro dos lugares e o gosto das frutas e comidas que tanto sentimos falta?
Sim, sinto falta de lugares, de coisas ditas, de risadas, de gargalhadas, do sol, do vento, das ruas e das luzes da cidade. Sinto falta de ouvir as vozes de pessoas que deixei para traz, das vezes em que nos reuníamos para fazer nada e rir de tudo.
Cada dia e cada minuto que passo longe parece que o coração sente a distância em que estamos de tudo isso e que às vezes nos parece impossível de voltar a ter.
Sinto falta de meu avô, de meu pai, de minha tia, sei que não os verei mais mesmo que volte até lá. Sinto falta, muita falta de ir em lugares que sei quando voltar estarão tão diferentes que nem saberei mais aonde é. Sinto falta de sentar ao sol e esfregar os pés nas areias de muitas e belas praias. Sinto falta de conversar com pessoas que falem a "minha língua". Saudades....

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